Descubra como a Selic funciona e como ela impacta diretamente no mercado imobiliário.
A Taxa Selic vem subindo no decorrer do ano de 2021 e a previsão é de que até o final deste ano atinja o patamar de 5,75% .a.a.
Desde a sua criação, no ano de 1979, a Selic nunca atingiu patamares tão baixos. Foi a maior queda da história. A taxa que já chegou a média de 14,2% a.a. entre os anos de 2015 e 2016 e em 2018 já a 6,65% a.a. iniciou uma trajetória de queda, chegando ao histórico 2% em outubro de 2020 voltando a subir neste ano.
Neste ano, por decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa já foi reajustada três vezes, subindo de 2,75% no mês de maio para 3,5% .a.a em abril e 4,25% agora em junho. Com o objetivo de controlar a inflação, a cada 45 dias o Copom se reúne para definir se a atual Selic vai cair ou subir, pois ao mexer nos juros de mercado como um todo ela vai determinar se haverá mais ou menos dinheiro em circulação no mercado real, na economia.
Neste ano de 2021 estamos em subida com expectativa de chegar em dezembro a 5,75% a.a.
Mas o que é Selic?
A taxa Selic é a taxa de juros aplicada nas operações diárias. E porque a Selic é considerada a taxa básica de juros? Ela serve de base para inúmeras outras, como o juros de um empréstimo ou de um rendimento, por exemplo. A 14% a.a. se você tem dinheiro no banco vale a pena deixar o mesmo rendendo sem correr riscos, já a 2% a.a quem vai querer deixar seu dinheiro aplicado no banco?
Também conhecida como taxa básica de juros, a Selic, é um indicador utilizado pelo Banco Central (BC), com o intuito de dinamizar a economia do país. Está diretamente ligada aos momentos econômicos do Brasil, sendo parâmetro de controle de consumo e dos preços dos juros, influenciando assim diretamente no bolso dos brasileiros, sejam pelas taxas de juros praticadas em empréstimos/financiamentos, na rentabilidade de investimentos ou no próprio mercado como um todo. É o principal instrumento de política monetária para o controle da inflação.
A Selic alta encarece os bens de consumo e dificulta a distribuição de crédito pessoal e financiamento. Dessa forma, os juros praticados pelos cartões de crédito aumentam, e consequentemente diminuem o número de compras parceladas. Quando em alta, se torna mais caro emprestar dinheiro, diminuindo assim o capital em circulação no país e freando a inflação.
Logo, se a Selic está alta o rendimento de aplicação é alto, a taxa de empréstimos alta, as pessoas gastam menos e a inflação cai, fazendo com que investidores de outros países coloquem mais dinheiro no Brasil (aumentando a oferta do dólar no Brasil levando a queda da cotação do mesmo), e com isso o poder de compra é reduzido. O dólar alto favorece a exportação e aumenta o preço interno.
Quando em baixa, a Selic, as aplicações seguras não rentabilizam tendênciando a saída para o mercado real, acesso ao crédito fica maior, as pessoas gastam mais e a inflação sobe. Os investidores saem do Brasil diminuindo a oferta do dólar aumentando a cotação.
Quando a Selic está baixa, o nível de consumo aumenta e faz a economia girar. Essa queda, estimula a busca por crédito imobiliário uma vez que as instituições financeiras baixam os juros e diminuem as prestações.
A demanda no mercado imobiliário é imediata.
Panorama Capixaba:
De acordo com pesquisa realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o primeiro trimestre de 2021 teve um aumento de 27,1% nas vendas residenciais no Brasil, comparado com o ano anterior. Já no estado do Espírito Santo, a alta foi de 127% na capital, reafirmando o ótimo momento para adquirir um novo imóvel.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Espírito Santo (Sinduscon-ES), reafirma que agora é o melhor momento para quem deseja comprar um imóvel. O mercado apresenta as melhores condições de financiamento, grande oferta de crédito, novos lançamentos e poucos reajustes. Garantindo uma boa margem para negociação enquanto os preços não voltam a subir.
Mesmo com a previsão de alta para a taxa Selic, o mercado não deve parar por agora. As condições continuam atrativas para quem deseja garantir seu imóvel. Vale lembrar, que mesmo chegando a 5,75% a.a. em dezembro como estima-se, ainda é um excelente número mantendo os grandes bancos famintos por entregar mais e mais créditos ao mercado imobiliário!!
Não deixe pra depois!
Leticia Rody
Ceo Leticia Rody Imóveis