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SEU IMÓVEL COM A MENOR TAXA DO BRASIL!

Bancos seguem movimento da Caixa e também reduzem juros do crédito imobiliário; veja comparativo:
08 de Maio de 2018

Os principais bancos no Brasil seguiram o movimento da Caixa Econômica Federal e também reduziram nas últimas semanas suas taxas para crédito imobiliário, acirrando a competição nas linhas de financiamento com recursos da caderneta de poupança.

Banco do Brasil, Bradesco e Santander passaram a anunciar novas taxas, enquanto o Itaú Unibanco manteve suas condições inalteradas mas em linha com as da Caixa. Com isso, as taxas mínimas em vigor ficaram bem próximas entre os principais bancos.

O realinhamento de taxas acontece em meio a um cenário de reaquecimento do mercado imobiliário, com maior número de lançamentos e aumento do volume de financiamentos, com os bancos reforçando o foco no crédito imobiliário e nos empréstimos para pessoas físicas como forma de compensar a contínua fraqueza na demanda das empresas por novos recursos para investimentos.

Condições em cada banco: As taxas de juros variam conforme os diferentes tipos de financiamentos imobiliários. Aqueles realizados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e pela linha pró-cotista costumam ter as taxas mais baixas, já que são regulados pelo governo e utilizam recursos da caderneta de poupança e do FGTS. O nível e tempo de relacionamento com o banco, valor do imóvel, bem como o perfil e renda do consumidor também costumam influenciar diretamente os juros cobrados pelos bancos.

Vale lembrar ainda que as taxas anunciadas são as mínimas, e que para conseguir esse preço o tomador precisa quase sempre aceitar uma série de condições, sobretudo maior relacionamento com o banco.

Caixa: Na Caixa, os juros do crédito imobiliário foram reduzidos no dia 16 de abril, após 17 meses de taxas congeladas nas linhas que utilizam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, o que levou o banco a perder a liderança no segmento.

A Caixa diminuiu sua taxa mínima para Sistema de Financiamento de Habitação (SFH) de 10,25% para 9% ao ano. Essa é a modalidade para financiar residências de até R$ 800 mil para todo o país e no valor de R$ 950 mil para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. Para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), cujos valores dos imóveis são acima dos limites do SFH, a taxa mínima caiu de 11,25% para 10% ao ano.

Com isso, a Caixa igualou as taxas cobrada pelo Itaú, que até então oferecia as menores taxas.

Desde então, outros bancos seguiram o reposicionamento da Caixa e também reduziram seus juros para um patamar abaixo do das duas instituições.

Banco do Brasil: No Banco do Brasil, a taxa de juros foi reduzida no dia 24 de abril de 9,24% para 8,89% ao ano no SFH e de 10,15% para 9,35% ao ano na carteira hipotecária.

O banco tem oferecido também a portabilidade do financiamento imobiliário contratado por seus clientes em outras instituições. "Em nossa estratégia de relacionamento, buscamos oferecer aos nossos clientes as melhores soluções em crédito e a portabilidade insere-se no contexto de assessoria financeira, podendo ser positiva para o cliente, dependendo das condições ofertadas", afirma.

Santander: No Santander, a taxa de juros foi reduzida no dia 25 de abril de 9,49% para 8,99% ao ano no SFH e de 9,99% para 9,49% ao ano no SFI. "Para contratar o crédito imobiliário com as novas taxas, é necessário ser cliente pessoa física com relacionamento e optar pelo pagamento do financiamento em parcelas atualizáveis (SAC)", afirma o banco.

Bradesco: No Bradesco, os juros foram reduzidos de 9,3% para 8,85% ao ano do SFH, e de 9,7% para 9,3% ao ano no SFI. Questionado pelo G1 sobre a data em que as taxas foram cortadas, o banco informou apenas que a "alteração ocorreu em abril". Segundo a agência Reuters, em vez de focar em divulgar alterações em suas taxas, o Bradesco tem oferecido cobrir os preços da concorrência.

Itaú: No Itaú, as taxas seguem as mesmas, no mesmo patamar das anunciadas pela Caixa. Segundo o banco, os juros cobrados "estão em linha com as praticadas pelo mercado". "Importante ressaltar que o percentual é de até 82% do valor do imóvel, com valor mínimo de R$ 80 mil (tanto para imóveis novos como usados)", destaca. 

Segundo dados do Banco Central, as taxas médias de mercado para financiamento imobiliário para pessoas físicas caíram de 15,4% em janeiro de 2017 para 10,8% em março deste ano, em meio a trajetória de queda da Selic, atualmente em 6,5% ao ano. Já as taxas médias reguladas, que compreende as operações com recursos do FGTS, recuaram de 10,2% para 7,8%.

Por que os juros do crédito imobiliário não acompanham o ritmo de queda da Selic?

Competição no crédito imobiliário: O corte das taxas tem acirrado a competição no crédito imobiliário. Algumas instituições, como o Santander, adotaram a expansão no segmento de financiamento para compra de imóveis como estratégia para ampliar sua participação ante os concorrentes.

“Cabe a nós, como banco, ter um papel fomentador ao processo de mudança, com o estímulo à competição no mercado financeiro”, afirmou o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, durante a divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2018.

O aumento da competição entre os bancos vem na esteira da redução do custo para obter os recursos. Com a queda da Selic para baixo de 8,5%, a remuneração da caderneta de poupança sofre um redutor, passando a render 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo Banco Central.

Além disso, o Banco Central anunciou no fim de março uma redução da alíquota de recolhimento compulsório pelos bancos nos depósitos à vista, de 24,5% para 20%. Na prática, isso incentiva os bancos a concederem mais recursos para financiamento.

No acumulado no 1º trimestre, os financiamentos de imóveis com recursos da poupança avançaram 11,2% na comparação com os 3 primeiros meses de 2017, alcançando R$ 11,19 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Caixa é superada por Bradesco e Santander: 

A associação que representa as instituições que atuam no segmento estima que o crédito imobiliário deverá crescer ao redor de 10% em 2018, para R$ 48 bilhões (ante R$ 43 bilhões em 2017), após 3 anos seguidos de queda, segundo estimativa da Abecip, associação que representa as instituições que atuam no segmento. A expansão será, segundo a Abecip, apoiada por juros menores e pela recuperação da economia brasileira.

Em março, a Caixa foi ultrapassada por concorrentes na liderança do crédito imobiliário com recursos da poupança pelo 5º mês consecutivo. No acumulado no 1º trimestre, o ranking de empréstimos concedidos ficou assim:

 

Bradesco: R$ 2,97 bilhões

Santander: R$ 2,25 bilhões

Caixa: R$ 2,24 bilhões

Itaú Unibanco: R$ 2,18 bilhões

Banco do Brasil: R$ 1,03 bilhão

 

Por concentrar a grande maioria das operações financiadas com recursos do FGTS, a Caixa ainda segue com folga como o principal agente financeiro de crédito imobiliário, com participação de 69% no consolidado de 2017.